por Crítica – American Horror Story
dezembro 5, 2013 em Cinema e TV, Criticas, Séries por Henrique Estagiário
American Horror Story, um dos mais famosos seriados da atualidade, chama a atenção já em seu nome, prometendo alguns sustos. Após vencer a preguiça e ter visto do que se trata, minhas declarações seguem.
A história se inicia quando um jovem casal não mais tão apaixonado decide se mudar. A melhor escolha, é claro, é uma mansão na qual morreram algumas (várias) pessoas. Relatos de morte e de assombrações são comuns pela vizinhança; vizinhos assustadores fazem parte das boas vindas; um tour do medo que tem como atração principal a mansão em questão. Nada mais clichê, ou americano, chamem como quiserem. Mas para aqueles que venceram as barreiras do preconceito tiveram boas surpresas. Uma história que aparenta ser tão simples e previsível, acaba se desenvolvendo e se tornando complexa, sendo necessário ver vários episódios para ter uma compreensão completa do que se passa. Pra ser sincero, fiquei confuso durante uma grande parte da série, tendo até que discutir opiniões e me esforçar para supor coisas que fizessem sentido. Sim, eu estava tentando procurar sentido num seriado de terror e coisas sobrenaturais. Me julguem. Mas a questão é que acabei encontrando ‘o sentido’, e foi bom.
Essa foi uma resenha da primeira história. Considerações sobre? Serviu bem para matar o tempo, foi agradável de se ver. Comparando-a com a segunda, porém, é entediante. Toda a bizarrice e horror que não é bem aproveitada na mansão, é bem disposta num hospício. Admito até que fiquei desanimado para ver a segunda temporada, devido à anterior ser pouco explorada, mas quando comecei não pude parar. Havia tanto á ser absorvido que era até difícil desligar o pensamento do suspense criado.
A série possui três temporadas. Todas, sem nenhuma ligação uma com a outra, apresentam histórias e fatos totalmente diferentes, algumas mais horripilantes que as outras. Surtos de criatividade pareceram ter escrito os acontecimentos, já que atravessam linhas de bizarrice, dentro de um conceito chave – dar suspense ao medo. O que todas as temporadas tem em comum: apresentam de início fatos totalmente desprovidos de nexo, que vão sendo explicados conforme o andamento do programa. Isso, e muitos atores que foram “reaproveitados”.
Nem tudo são exorcismos flores. Vários defeitos podem sim ser apontados. Pessoas realizando o impossível. Aliens surgem e se vão sem a menor explicação. O quadrado amoroso mal relacionado fantasma-demônio-alien-psicopata. Claro, estamos falando de um seriado de terror, mas a falta de sentido, mesmo após o fim de cada temporada é de matar. Outra coisa: não há tanto medo assim. Na verdade, quase não há. E o pouco que se tem é perdido com a repetitividade que se dá.
Em background, seus personagens foram bem interpretados. Seus atores, todos de reconhecimento regular, souberam como dramatizar a série. Choradeiras, brigas, gritos e acessos de desespero não foram tão escandalizados, nem totalmente sufocados. Usados na medida certa, souberam trazer um realismo intenso ao que se passava. E melhor ainda: cada personalidade, que eram únicas, foram muito bem exploradas num realismo que foi assustador. Se eu sou um medroso, não vou abrir a porta. Se eu tenho uma doença terminal, tenho pressa no que faço. Mas apesar de tudo isso, é uma série de terror. Os típicos personagens burros e corajosos que desacreditam do que veem, e tentam resolver tudo, trazem algumas situações tão imbecis que acabam estragando totalmente o clima de medo. Não muito a reclamar, nada excepcional.
Considerações finais: Vejam, vale a pena se você tem um pouco de tempo a perder e não tiver algo melhor pra ver. Também é um bom treino para paciência, uma vez que você tentará procurar explicações a maior parte do tempo, e verá suas expectativas superadas a todo momento. E apesar de algumas falhas de roteiro, é bem interessante e atrativo. Além disso a S04 de Guerra dos tronos vai demorar. :D
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