por Por que o Brasil não melhora?
novembro 28, 2013 em Opinião, Sociedade por Daniel Arquimedes
Junte uma rodinha de jovens e converse sobre futuro profissional. Os planos variam bastante dependendo da vocação da pessoa, mas um ponto em comum sempre surge dessas conversas. Sempre boa parte dos jovens sonha em trabalhar no exterior. Se mudar do Brasil. Já tive várias conversas do tipo e sempre que surge o papo de se mudar eu venho com a pergunta, “por quê?” As respostas são várias. Falta de condições de trabalho por aqui, maior segurança e qualidade de vida por lá, falta de valorização por aqui… No geral, a motivação geralmente é uma infinidade de características negativas atribuídas ao Brasil.
Primeiro ponto: esses defeitos realmente existem? Nós, brasileiros, temos uma mania auto-depreciativa. “Tudo dos Estados Unidos é melhor” e “tudo brasileiro é lixo”. Sim, temos muito a melhorar, mas será que devemos mesmo depreciar tanto nossa cultura? Realmente faz sentido preferir coisas do exterior? É esse mesmo sentimento que faz com que o McDonald’s esteja sempre cheio e a pamonharia vazia (ou qualquer outro restaurante de comida típica regional). É por isso que muita gente diz que “só gosta de musica internacional”. Não entendo muito de economia, mas se todo o dinheiro gasto em produtos estrangeiros fosse gasto em produtos nacionais com certeza haveria um grande benefício à nação. Enfim, muitas vezes os “defeitos” não são reais e a superação desse pensamento é muito benéfica.
Segundo ponto: E os defeitos que realmente existem? Por que, sim, o Brasil (como quase o mundo todo) está repleto de problemas. Mas o que devemos fazer?
Até entendo quem se muda para o exterior para viver melhor. A migração em busca de melhores qualidades de vida é um processo normal que sempre ocorreu, mas esse processo é benéfico somente ao migrante.
Protegemos e cuidamos daquilo que amamos. Conheço certos rapazes que fariam o possível e o impossível por certas garotas. Por que? Devido ao amor que sentem por elas. E o sucesso do relacionamento dependerá do quanto ele se esforçar por ela, esforço que por si depende do quanto ele a ama. É disso que o Brasil precisa: amor à pátria. Nacionalismo!
E devido à essa carência de nacionalismo que no Índice de Democracia do The Economist, no quesito “Participação Política”, o Brasil ficou com 4,44 pontos, a mesma pontuação de países como Suriname, Uganda, Nigéria, Gana, Comores e Cuba (esses últimos dois classificados como regimes autoritários).[fonte] Não vivemos em um regime autoritário, então me parece que a pouca participação é pela falta de interesse da população. O sistema não resiste a um povo decidido.
O nacionalismo geraria um bom efeito dominó. Amor à pátria criaria maior interesse e participação política e atenção a fatores do tipo. Crimes como corrupção não passariam impunes perante o povo. O amor à pátria traria um maior envolvimento do povo com projetos sociais. O nacionalismo diminuiria a criminalidade e faria um governo mais efetivo. Sem contar que diminuída a alienação praticamente todos os fatores melhorariam.
Então, por que o Brasil não melhora? Por que não gostamos dele o suficiente.
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Bravo, Bravo.. Palmas.
Excelente artigo, sir Daniel.
Fico feliz em saber que existem pessoas da minha geração que também pensam como eu. O que comumente ouço, assim como você, normalmente são pessoas reclamando dos políticos, mas que, se estivessem na posição deles, fariam a mesma coisa.
“E aí eu te pergunto” – perdi a credibilidade imitando aquele apresentador: Como querer uma nação melhor se a base dela não se esforça pra isso?
Obrigado pelos elogios, sir! ^^
Pro Brasil melhorar definitivamente precisaríamos de uma “revolução mental” no brasileiro.